Di aponta a sonoridade agressiva e as letras que não tratam apenas de amor e relacionamentos como pontos fortes do CD.
R7 – Qual é a diferença entre Sete Chave e os outros discos do NxZero?
Acho que conseguimos chegar à sonoridade que sempre buscamos. O disco tem um som mais agressivo e, mesmo assim, tocará nas rádios. A maneira que nos expressamos em nossas músicas mudou. Não forçamos a barra, não falamos só sobre amor e relacionamentos. Falando sobre política, de uma forma que a galera entenda.
R7 – Por exemplo?
A faixa que abre o disco, Só Rezo, é um exemplo disso. Compus essa música depois que fui a comunidades no Rio de Janeiro com a galera do Afroreggae. Ao visitar esse lugares, percebi que há muita gente boa por lá. A experiência me chamou atenção e comecei a escrever sobre isso de uma forma natural, sem querer ser político. Foi uma parada bem sincera. Vamos fazer um show gratuito na comunidade do Vigário. A apresentação vai acontecer provavelmente em novembro. Acho importante chamar a atenção de questões como essa para molecada que gosta da gente. Hoje, já conseguimos fazer coisas assim. Talvez, antes, nós nem eramos maduros o suficiente para nos expressarmos desse jeito.
R7 – No começo da carreira, o NxZero não era levado a sério. De 2004 para cá, as coisas mudaram?
Não ficamos rebatendo as críticas. A cada disco, as músicas começaram a falar por nós e fomos ganhado o respeito das bandas que admiramos como Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, O Rappa e Charlie Brown Jr. Esses grupos prestaram atenção nosso trabalho e nos disseram: “Pô moleca, é isso aí, continuem assim”. Além disso, um público mais velho começou a ir aos nossos shows e curtir o nosso som. Graças a Deus, conquistamos o nosso espaço. Não estamos aqui para brincar, queremos passar uma mensagem legal. Vivemos de música desde cedo e queremos continuar a fazer isso.
R7 – Hoje, o NxZero é uma banda diferente?
Com certeza, fomos obrigados a viver cinco anos em um. E, para sobreviver no meio musical, tivemos de amadurecer muito.
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